Troca em Comunicação

Desde que entrei para o curso de Comunicação na UNAMA (Universidade da Amazônia - campus BR) tenho vivenciado inesperáveis experiências. Após a aprender a ética na profissão, vi a realidade de fato. Uma coisa diferente da outra. Bom, essa não é a discussão.

Ocorre que, até aqui, há algo muito em comum entre as diversas situações que me encontro: há uma certa ineficiência no discurso e nos métodos de professores e comunicadores (leia-se: jornalistas e assessores de imprensa) quanto à prática. As palavras quase não convencem e as estratégias não surtem o efeito esperado.

É preciso acordar. Nascemos com certo atraso em relação a nossos compatriotas do sul e precisamos correr para alcança-los. Eles possuem um conhecimento formidável e podem nos servir de fontes.

(Des)Vantagem na Amazônia

A região amazônica dorme diante da corrupção que destroi a floresta. Como pode a gente dessa terra se manifestar contra - ou a favor - da derrubada desenfreada de madeira, se completam o máximo o ensino médio público brasileiro (quando muito!). O acesso a informações sofisticadas que circulam nas universidades estão longe da massa desempregada e sem perspectiva de futuro.

O que vale para os nossos é a comida no prato todos os dias. O que por si só é uma dificuldade muito grande. Não há emprego. Sobra emprego. Como podem se queixar de falta de oportunidade de trabalho num lugar onde os salários de empresas de grande porte chegam às dezenas de milhares de reais.

É vantajoso à elite amazônica manter essa gente pouco e mal informada para que a riqueza amazônica não seja repartida e ao máximo explorada.

Troca favorável

Muitos reclamam que os jornais impressos de Belém dão demasiada publicidade
à Companhia Vale em suas páginas diárias.

Na verdade, os veiculos de comunicação necessitam vender seus espaços para
empresas como a Vale para continuarem vivas. Ademais, a Companhia investe
pesado no Pará além de ter programas sosciais.

Há uma troca de interesses que não fere, a meu ver, o compromisso com a informação
de qualidade do jornalismo paraense.

Quando um dia tiver que depender de publicidade para que meu media continue
firme e forte, certamente que daria espaço a uma empresa de grande porte.

Dica de Pauta

Na reportagem de Anaiza Nobre e Cristiane Paiva da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde de Belém/Pa, a personagem (proveniente de Abaetetuba), vítima de derrame cerebral, sofreu um tanto para ter atendimento adequado. No município de onde partiu, não havia profissional especializado para cuida da paciente. Então, ela teve de ser encaminhada para o Pronto-Socorro da 14, onde havia disponível um neurocirurgião.

Percebemos que o problema da superlotação do Potno-Socorro da 14 é a falta de rofissionais especializados em outros municípios do estado. Seria o momento da Assessoria da Prefeitura fazer uma matéria sobre a formação dos médicos em Belém: quais as especializações mais procuradas; para onde eles estão indo; esses profissionais recebem preparação; os hospitais da cidade em que eles estudam são suficientes, quando existem.

É bom pensar nisso.


Confira a matéria em:

http://www.belem.pa.gov.br/new/index.php?option=com_content&view=article&id=6129:psm-da-14-a-servico-da-populacao-de-belem&catid=58:notiscias&Itemid=71

Para mudar

Como é que a situação das camadas mais pobres da sociedade civil
contemporânea podem ter dias melhores, se o "futuro da nação", ou
seja, os estudantes - mais próximos de ser futuro, os universitários - não
têm a menor noção do que ocorre no dia-a-dia daquelas pessoas?

Necessário é que "os pobres" acordem e se manifestem em bsuca de
uma vida melhor. Não digo que devam aspirar padrões de vida elevadíssimos,
mas que, no mínimo, tenham educação básica de qualidade, saúde adequada
e boas condições de infra-estrutura.

Mas, por onde podem começar?

Vida dura

As universidades que comportam as cerca de 100 mil pessoas que participam da 9. edição do Fórum Social Mundal que ocorre em Belém nesse início de ano estão, infelizmente, um tanto desapontadas com os voluntários.

Toda vez que precisam localizar um bloco ou os auditórios para esses coleguinhas que vestem verde, a resposta é quase sempre: não sei - mas se você tiver um pouco mais de sorte, eles encaminham para um lugar mais distante do real.

É preciso, claro, levar em conta que a maioria deles não estudam nas universidades federal do Pará ou rural da Amazônia, uma vez que o processo de ingresso nessas instituições é deveras difícil e somente os mais abastados, que podem pagar boas escolas, conseguem adentrar às salas dessas faculdades.

Assim é a Amazônia: se você não tem condições de estudar numa boa escola, vá matricular-se em uma instituição da rede estadual - que é muito ruim.

Então alguém poderia perguntar: então por que os estudantes mais abastados não participaram do evento como voluntários? A resposta é simples: porque ser voluntário não daria a esses "filinhos de papai" o que els tanto almejam - visibilidade!

Daí os coitadinhos dos voluntários são taxados de incompetentes por não conhecerem a universidade onde não conseguem ingressar e ainda são todos de renda familiar baixa.

Pobres coitados...

Credenciamento FSM Belem

Só o credenciamento no ginásio da UFPA a agitacao já foi imensa. O credenciamento iniciou dia 25 e contou com a participacao de varios profissionais entre tecnicos, monitores e voluntarios.

A imprensa de varios paises esteve presente. Eram na maioria de orgaos minoritarios formados por amigos ou parentes.

Uma verdadeira mistura de cor de pele, de idiomas, embora os idiomas oficiais sejam o portugues – idioma oficial da cidade-sede – ingles e espanhol. Uma grande bagunca no melhor sentido da palavra.

Na verdade é esse o espírito do Fórum Social: mostrar que o mundo é igual e as pessoas também; o homem só precisa aprender a conviver – de verdade – em uma sociedade igualitária.

Servico: O Fórum inicia com uma caminhada no dia 27 e segue atè o dia 01 de fevereiro, com uma vasta programacao cultural alem dos espcos para debate.

Site: www.fsm2009amazonia.org.br.

Ainda é possível fazer sus inscricoes.